As lições da seca que assola o semiárido
26/04/12 17:54POR JOSÉ DIAS
seca que assola o semiárido da Paraíba já apresenta vários impactos. Mas, também, existem lições na vida de agricultoras e agricultores de base familiar.
As principais conseqüências foram levantadas num encontro itinerante de Gestão dos Fundos Rotativos Solidários, realizado neste mês na comunidade Santo Agostinho, município de Teixeira , com lideranças comunitárias e integrantes de famílias beneficiárias das ações desenvolvidas e apoiadas pelo Cepfs (Centro de Educação Popular e Formação Social).
Os principais impactos são: escassez de alimentos para os animais –famílias já estão comprando ração para salvá-los; escassez de água para o consumo humano e de animais; preço dos cereais elevado, que pode ocasionar fome, principalmente, nas famílias com mais fragilidades financeira; possibilidades de aumentar a migração campo-cidade, inclusive, para outras regiões do país; desânimo das pessoas, influenciando na diminuição da participação nos processos, sobretudo, em relação a temáticas de construção e aprimoramento dos conhecimentos.
O foco de preocupação das pessoas se volta para prioridades emergenciais. Tem aumentado a infestação do mosquito da dengue, por conta da estocagem de água, principalmente, nas cidades, em função do racionamento.
Há impacto na dinâmica de execução de projetos, dentro de uma abordagem participativa, uma vez que as preocupações se voltam para soluções emergenciais. Com isso, prevê-se influência na dinâmica dos Fundos Rotativos Solidários, do ponto de vista de arrecadação e de participação.
Também deve haver fortalecimento da dominação dos políticos tradicionais face às fragilidades das famílias pela coincidência de um ano de estiagem, também, ser um ano de eleições municipais.
As principais lições são a percepção da necessidade de se preparar mais nos períodos de chuva abundante, com maior estocagem de água e alimentos para os seres humanos e para os animais. Pode ser um momento para resgatar os mutirões de limpeza e escavação das cacimbas.
Impactos de curto, médio e longo prazos
Isso revela a necessidade, urgente, de medidas por parte dos gestores públicos no sentido de minimizar esses impactos em curto, médio e longo prazo.
Revela, também, a importância da mobilização social no sentido de cobrar que as políticas públicas, planejadas para esta região, sejam ajustadas para atender a realidade e as necessidades que as mudanças climáticas impõem, no momento.
Em curto prazo, medidas emergências são necessárias, a exemplo de decretação de estado de emergência, abastecimento de água através de carros-pipa e, em relação a alimentação, humana e animal , é fundamental que os estoques do governo federal, geridos pela Conab, possam ser disponibilizados no sentido de evitar a venda, com prejuízo, dos estoques agrícola e do rebanho animal de agricultores, patrimônio este constituído ao longo de vários anos, e ajustar o preço do mercado em relação aos cereais necessários à alimentação das famílias.
Em médio e longo prazos, é necessário planejar políticas que possam reforçar as estratégias que a sociedade civil vem adotando em relação à estruturação das propriedades da agricultura familiar, principalmente, na parte de manejo da água nas propriedades e nas comunidades, visando à estocagem de água e alimentos que permitam, em secas futuras, uma melhor convivência com a realidade semiárida.
TUDO QUE O SEMIARIDO NORDESTINO NECESSITA É DE DECISÃO POLITICA SSSSÉEÉRRRIIIIAA, PARA SOLUCIONAR DE VEZ A SECA NO NORDESTE. A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO, OQUE JÁ CONSUMIU DE VERBAS, O QUE FOI FEITO E QUEM SÃO OS REAIS BENEFICIADOS. NOSSOS PESQUISADORES DESENVOLVERAM VEGETAIS RESITETES À SECA, REFLORESTEMOS, NÃO HÁ INTERESSE EM SOLUCIONAR, O VOTO DE CABRESTE É REALIDADE AINDA, LOGO………….
Nota-se a imensidade de siglas e entidades voltadas à seca. As sugestões, sr. José Dias, são meramente repetitivas. “Caminhões pipa”. Em resumo, essa é sempre a “solução”. Verbas infindáveis sempre são alocadas e liberadas. E nada resolvem. Para onde vai todo esse dinheiro? E os aflitos continuam votando, sempre, nos mesmos políticos que nada resolvem. As adutoras, onde estão? Elas é que resolveriam, além é claro de outras soluções já aventadas (reservatórios, mini represas sob o solo, etc.) Inconformado. Inconformado.
Pior disso tudo é que essa situação se repete todos os anos, há décadas e nada muda, nem políticos que “reinam” absoluto apenas renovando seu mandato, nem a população que fragilizada cai na mesma “armadilha” em todas as eleições. Impressionante ver que não há interesse em mudar esse quadro e triste fazer a comparação com outros países que conseguem viver e desenvolver em pleno deserto.
Imagino que @s @s políticos e ou politiqueir@s estão festejando essa seca nesse ano de eleição para prefeit@s e vereador@s.
Embrapa deveria fazer estudos no semi-árido para implatar alguma atividade agricola que gere emprego e renda, talvez florestas plantadas, ou outra atividade que não seja preciso o uso itenso de água.
Conheço apenas o litoral do Nordeste. Pelo que vejo falta políticas regionais para amenizar o sofrimento daquele povo.
Por que não repassar parte dos impostos arrecadados com o turismo em programas de fortalecimento do interior? não é doando cestas básicas, não. É em infraestrutura rural.
Se existe caminhão pipa e porque? Lá emexiste gestores? Vamos cavar a mina desses vagabun que lá têm
Entre 1980 e 1984 visitei milhares de propriedades rurais em todos os estados do nordeste, pois, atuava na área de crédito rural de um banco que atendia toda a região. Passado mais de 30 anos percebo que nada ou quase nada mudou e a fortuna que foi destinada a essa região virou pó. Enquanto a população se contentar com distribuição de semente e algumas cisternas, será mais trinta anos de atraso.
Acho que o governo gasta um dinheiro muito significativo na compra de equipamentos meteriologicos sem nenhum resultado prático. Nós do semi-arido precisamos de mais informações na previsão do temom a longo prazo. Os informe meteriologicos que chegam ao nosso conhecimento se preocupa apenas se vai dar praia ou não.
Com 62 anos bem aproveitados, concluo que o problema da seca no semiárido a exemplo dos demais simples e pequenos problemas deste rico chão brasileiro, só não foram resolvidos porque não quisemos! Recursos não nos faltaram por décadas já vividas! Agora, tudo o mais não se acha. Que pena já vivi! Chega, Deus atenue o sofrimento dos menos favorecidos.
Os nordestinos foram para o norte, sudeste e centro-oeste e ainda assim há uma quantidade enorme de pessoas no nordeste fazendo que a pressão por energia barata (madeira), aumente a devastação ambiental.
Não se trata de falta de água, nem hoje e nem nunca. Trata-se de uma miséria que não se resolve a si mesma, apesar de nominalmente receber grandes somas de dinheiro do poder federal. É uma lástima que ainda vai comprometer o futuro do país.
Enquanto o país precisar de mão-de-obra barata, tudo bem. Mas vai chegar um dia em que não haverá mais essa necessidade.
Quem sabe os holandeses venham trazer novo socorro para os pernambucanos; quem sabe os franceses se interessem de novo pelo Maranhão; quem sabe estas populações fiquem envergonhadas de serem tão dependentes e pela primeira vez em sua história criem uma geração auto-suficiente e orgulhosa de algo maior que o maracatu ou o reggae.
Desde que me entendo de gente vejo e ouço comentarios sobre a seca do semiárido.Tudo não passa de um meio fácil de comprar votos a preços de farnha pra políticos se perpetrarem no poder de pai pra filhos…O PT chegou ao poder com a falácia que iria mudar tudo,no entanto não passa de conversa vazia e trololó demagógico.O que mudou realmente foi o bolso deles,isso sim…
Realmente a necessidade dessa região, deveria ser acompanhada com maior preocupação, dedicação.
É preciso falar em ações. Ações com resultados práticos: construção de cisterna de concreto para coleta e reserva de agua de chuva com capacidade para 65.000 ls. Construção de barragens invisiveis, já conhecidas de muita gente. E, construção de adutoras para aproveitamento das aguas das grandes barragens(sobradinho e paulo afonso). A médio prazo a perenização de rios secundarios. O resto é blá, blá, blá…
Boa noite a todos!
Sim, períodos de estiagem/seca é uma realidade cíclica (que tem ocorrido em períodos de 12 a 14 anos) mas que são gravados por falta de planejamento para mitigar seus efeitos.
Países como ISRAEL vivem com esta realidade constante de estiagem e curtos períodos de chuva, de forma que temos muito a aprender sobre como lidar (em termos de planejamento e preparação de infra-estriutura) com estes períodos cíclicos de estiagem.
Contudo, ter a consciencia que temos muito por fazer em termos de planejamento e infra-estrutura de armazenamento de recursos hídricos é também um alento, por sabemos com isso que ainda há muito espaço para proporcionar mais desenvolvimento sustentável com mais qualidade de vida no Nordeste mesmo em anos de chuvas reduzidas.
A seca existe até hoje por falta de ação governamental, não podemos admitir a sua existencia nos dias de hoje, sem programos do governo.fALTA governo E VERGONHA.
As terras mais facilmente irrigáveis são propriedades de quem?Às margens do São Francisco se destinam a produtos exportáves ou à confecção de produtos finos(uva vinho)?Estas áreas não deveriam destinar-se à produção de alimentos e agricultura familiar?
O relato me impressionou e me fez lembrar que “enquanto houver um só ser humano sem pão e sem teto, todo progresso será falso”.
Cobrar políticas públicas coerentes faz sentido para mim.
Essa seca foi providencial para os políticos, como os da quadrilha de alagoas que certamente desviarão recursos do governo federal para suas próprias contas, e dos seus que estão candidatos, e assim só aumenta a quadrilha.Com as enchentes foi assim.
Vejamos, caso o governo ou entidade decidam em resolver de fato o problema, não é difícil, necessário sim, levar a sério e fazer um trabalho com poços artesianos de qualidade, que podem atender até 2.000 famílias. o nordeste tem muita aguá boa no subsolo, precisamos é coragem para investir, sinceramente os resultados viram com certeza.
até como cooperativa, ou grupo de famílias, vontade de trabalhar não falta, o governo reconhecemos não pode resolver tudo, porém começar não custa caro.
vamos ver resultados?????
Brasil de oportunidades, vejamos, Juazeiro e petrolina 35 anos atras, só problemas, até despertar a agricultura irrigada, e meia duzia de japa.
Na verdade, há muitos fatores que contribuem para que, em um período de estiagem prolongada, as famílias que habitam o semiárido passem a viver em péssimas condições. Há necessidade de investimento, sim, mas, precisa de um planejamento que considere, também, o conhecimento local. Talvez muitos dos investimentos feitos pelas políticas públicas, governamentais, não tenha logrado êxito, justamente por não ter considerado que, quem mora na região conhce os caminhos de como mudar a realiade. e, portanto esse conhecimento precisa ser levado em conta. O trabalho que a socieade civil vem fazendo não tem tanto tempo, nem recursos suficiente para solucionar totalmente o problema, mas, muita coisa já mudara fruto da ação das próprias famílias com o apoio das organizações da sociedade civil, construíndos reservatórios nas propriedades para captação e manejo de água de chuva. Há depoimentos de famílias, por exemplo que afirma que quando da seca de 1993 passaram por muito mais dificulades porque só possuiam um burrachão com capacidade para armazenar 250 litros de água e, ficavam se humilhando para que os carros-pipa abastecesse. Hoje elas tem a cisterna de 16.000 litros de água e, com alguma economia que faz conseguem compra um carro dágua e colocar nas cisternas e isso lhe permite viver vários dias sem tanto problema com relação a água. Mas, ainda tem muitas famílias que não tem essa condição. Portanto, essas iniciativas da sociedade civil precisam ser fortalecidas e, também, haver novas construções de reservatórios mariores capacidade de captar um maior volume de água que possa alimentar a malha de reservatório menores, nos períodos de estiagem. Mas, em um período de emergência não se pode negar a importância do abastecimento por meio de carros-pipa. O que se faz necessário e adotar um processo de gestão democrático para evitar o famoso femnômeno da indústria da seca, onde poucos lucram com a miséria de muitos.
Seu doutor , os nordestinos ,tem muita gratidão / pelo auxílio de Brasília /nesta seca do Sertão /mas doutor uma esmola a um homem que é são / ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
” Luiz Gonzaga e Zé Dantas”. Sobre o bolsa estiagem.
Os coronéis mudaram os métodos , mas a intenção é a mesma.